Data: 01 a 05 de setembro de 2025
Local: Pousada do Angicos, Brasília (DF)

Um dos principais encontros sobre cadeias produtivas extrativistas no Brasil. Diálogo, trocas e construção coletiva em defesa da sociobiodiversidade.

Sobre o evento

A Semana da Sociobiodiversidade 2025 |
1 a 5 de setembro | Brasília (DF)

Em sua segunda edição, a Semana da Sociobiodiversidade se consolida como um dos principais encontros dedicados às cadeias produtivas extrativistas no Brasil. O evento reunirá coletivos, organizações e juventudes que atuam nos segmentos da borracha, pirarucu, castanha-da-Amazônia e pesca artesanal costeira e marinha em diferentes territórios do país.

Coordenada pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e pela Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Tradicionais Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem), com apoio de diversas instituições, a Semana será um espaço de diálogo, trocas e construção coletiva em defesa das economias da sociobiodiversidade. Mais do que um encontro, é um movimento que integra desenvolvimento econômico, a preservação da biodiversidade, valorizando os conhecimentos tradicionais e reconhecendo a interdependência entre conservação dos ecossistemas, equidade social e responsabilidade ambiental.

Objetivos

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Fortalecer as
organizações
extrativistas

Fomentar a participação, interação e fortalecimento das organizações comunitárias que atuam nas cadeias da Sociobiodiversidade.

Valorizar a Sociobiodiversidade

Valorizar a sociobiodiversidade em seus múltiplos aspectos, com foco no desenvolvimento das economias da região amazônica e demais biomas brasileiros.

Desenvolver institucionalmente os coletivos e redes

Desenvolver institucionalmente os coletivos e redes setoriais do Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA) e Coletivo da Castanha, Coletivo da Borracha, Coletivo do Pirarucu e o Coletivo da Pesca Artesanal Costeira e Marinha.

Fortalecer as juventudes

Valorizar o protagonismo da juventudes nas agendas produtivas e políticas relacionadas ao fortalecimento e consolidação de seus territórios.

Incentivar o comércio justo

Promover o relacionamento justo, ético e transparente entre o setor produtivo-extrativista e o setor privado, empresarial e industrial.

Ampliar o acesso a políticas públicas

Construir acessos a políticas públicas que estimulem e viabilizem uma economia sustentável para as comunidades e povos tradicionais.

Realizadores

Programação

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10h | Abertura do III Encontro Nacional de Juventude

12h30 | Almoço

14h | III Encontro Nacional de Juventude

19h | Jantar, prosa e descanso

09h | Abertura oficial da Semana 

12h30 | Almoço

14h | Encontros Setoriais

  • III Encontro Nacional da Juventude
  • Pré-COP dos Oceanos – Coletivo da Pesca Artesanal Extrativista Marinho-costeira
  • 14ª Reunião do Coletivo do Pirarucu
  • Coletivo da Castanha
  • Coletivo da Borracha 

19h | Jantar, Prosa e descanso

09h | Continuidade dos Encontros Setoriais

10h às 18h | Oficina de Comunicação com os Jovens das Resex

12h30 |  Almoço

14h | Continuidade dos Encontros Setoriais

  • Encaminhamentos
  • Definição da estrutura de apresentação
  • Sistematização das demandas para a carta do evento

17h | Socialização dos encontros setoriais 

18h | Encerramento da Oficina de Comunicação com os Jovens das Resex

19h00 | Jantar

09h | Plenária sobre financiamento Climático

11h | Almoço

12h30 – Saída para o Congresso Nacional

14h – Sessão Solene Congresso Nacional

16h – Ato sobre o Dia da Amazônia – Marcha na Esplanada dos Ministérios 

19h – Jantar

20h – Noite Cultural

09h | Plenária de pactuação – avanços e desafios na agenda da sociobiodiversidade

11h | Plenária sobre Mudanças Climáticas e a garantia dos territórios Tradicionais no Brasil

12h Lançamentos e anúncios dos parceiros

12h30 | Almoço

14h | Plenária com os Ministérios: compromissos, COP 30, leitura da Carta e encerramento

16h30 | Feira da SocioBiodiversidade

Coletivos

Coletivo da Borracha

A cadeia produtiva da borracha nativa da Amazônia tem se fortalecido nos últimos anos com iniciativas voltadas à valorização da sociobioeconomia. No Amazonas, um dos exemplos é o projeto “Juntos pela Amazônia”, coordenado pelo WWF-Brasil em parceria com o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Memorial Chico Mendes (MCM), WWF-França, Michelin, Fundação Michelin e Conexsus. A iniciativa reúne associações comunitárias e parceiros estratégicos para viabilizar a comercialização e o escoamento da produção, promovendo aumento da renda dos seringueiros, fortalecimento da economia sustentável e conservação da floresta em pé.

No Acre, o avanço da borracha nativa se dá principalmente por meio da parceria com a empresa Veja, que adquire matéria-prima para a produção de calçados. Além da compra, a empresa valoriza os seringueiros por meio de pagamentos justos, contratos de longo prazo com cooperativas e associações representativas, além de apoiar a organização da produção. Dessa forma, contribui para a geração de um impacto socioambiental positivo, reforçando a importância da atividade extrativista na região.

Coletivo da Castanha-da-Amazônia​

O Coletivo da Castanha, apoiado pelo Observatório Castanha da Amazônia (OCA), reúne 209 integrantes da base comunitária, organizados em 96 associações e cooperativas, além de 16 organizações de apoio. Articula povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e agricultores familiares em 17 regiões castanheiras da Amazônia. Sua missão é fortalecer a defesa dos territórios, valorizar o extrativismo e ampliar a capacidade de incidência política dos castanheiros.

Durante a II Semana da Sociobiodiversidade, o Coletivo se reunirá com os Mobilizadores Regionais para discutir o uso do IÊ Castanha, Sistema de Inteligência Econômica e Ecológica desenvolvido pelo próprio coletivo, refletir sobre os desafios da próxima safra e realizar incidências políticas em prol das populações extrativistas da Amazônia e de toda a rede do coletivo. Com a inteligência de troca de informações e animação de rede, os mobilizadores garantem a participação ativa das comunidades e consolidam o protagonismo castanheiro na construção coletiva de soluções para as economias da sociobiodiversidade da Amazônia.

Coletivo da Pesca Artesanal Costeira e Marinha​

A Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (Cofrem) foi criada em 2007 e atua em todo o litoral brasileiro, em Reservas Extrativistas e outros territórios tradicionais dos povos costeiros e marinhos. Sua missão é articular e implementar estratégias coletivas que assegurem o reconhecimento e a garantia dos territórios e maretórios, valorizando suas dimensões sociais, culturais, ambientais e econômicas, além de promover meios de vida e produção sustentáveis para essas comunidades e fortalecer a participação social em diferentes espaços de decisão — desde conselhos deliberativos das RESEX até fóruns nacionais e internacionais — com foco na gestão da pesca artesanal, conservação dos oceanos e sustentabilidade dos recursos pesqueiros.

A pesca artesanal, que chega a responder por até 85% do pescado consumido em alguns países da América Latina, é essencial para a segurança alimentar e nutricional de milhões de pessoas, em especial para as populações costeiras, ribeirinhas e indígenas. Além disso, esse setor movimenta milhões de empregos diretos e indiretos na região e tem forte participação das mulheres, que ocupam cerca de 16% das atividades ligadas à pesca extrativa, reforçando a relevância da inclusão de gênero nas economias da sociobiodiversidade.

Coletivo do Pirarucu

O Coletivo do Pirarucu é um fórum de discussão e construção coletiva para articulação de estratégias de desenvolvimento sustentável do manejo comunitário do pirarucu no estado do Amazonas. Representa cerca de 5.000 famílias extrativistas, indígenas e ribeirinhas, representadas por 15 associações comunitárias que desenvolvem a prática do manejo sustentável e comunitário do pirarucu em 10 unidades de conservação, 8 terras indígenas e 10 áreas de acordo de pesca, nas bacias dos rios Purus, Negro, Juruá e Solimões.

A prática do manejo do pirarucu é responsável pelo crescimento de 400% da população de pirarucu em áreas manejadas e pela proteção dos lagos e entorno que garantem a conservação de diversas outras espécies do ecossistema amazônico. Além disso, o manejo do pirarucu representa uma história de transformação social, refletida nas questões socioeconômicas das comunidades tradicionais manejadoras, que representa geração de renda, melhoria da infraestrutura local, equidade de gênero e engajamento da juventude, segurança alimentar, autonomia territorial, segurança social, aumento da autoestima e empoderamento local, manutenção dos modos de vida e redução da evasão do campo.

Coletivo da Juventude​

O Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e a Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros e Marinhos (Confrem) têm atuado de forma estratégica para apoiar, fortalecer e ampliar as vozes da juventude da floresta, dos rios e dos maretórios. Por meio da realização de encontros regionais, da formação de jovens comunicadores e da abertura de espaços de diálogo político, as entidades promovem processos de mobilização que vêm reunindo centenas de jovens extrativistas, ribeirinhos, quilombolas e indígenas.

Essas iniciativas têm possibilitado a construção coletiva de agendas voltadas para a defesa dos territórios, a reivindicação de políticas públicas, o fortalecimento da organização comunitária e a proposição de alternativas econômicas sustentáveis baseadas na sociobiodiversidade. Ao levar as pautas da juventude para espaços nacionais e internacionais, como a Semana da Sociobiodiversidade e a COP30, em Belém, o CNS e a CONFREM reafirmam seu compromisso em garantir visibilidade e protagonismo às novas gerações.Além disso, proporcionam ações que valorizam os saberes tradicionais, fortalecem a identidade cultural dos povos e asseguram que a juventude desempenhe papel central na construção de um futuro mais justo e sustentável para o Brasil.

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